Pesquisa da UFLA aponta desaparecimento das principais formações florestais de Minas Gerais
Cerca de 100 mil árvores com mais de 1100 (mil e cem) espécies diferentes foram avaliadas durante 30 anos
As belas paisagens compostas por florestas, cachoeiras e serras fazem com que o estado de Minas Gerais tenha um jeitinho único e “mineiro” de ser, e logo, torna-se um destino procurado por muitos. Mas, as suas riquezas naturais estão em perigo, pois as principais formações florestais estão perdendo a capacidade de remover carbono da atmosfera, é o que aponta um estudo realizado por pesquisadores do Laboratório de Fitogeografia e Ecologia Evolutiva da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
A pesquisa, publicada nesta sexta-feira (18/12) na revista científica Science Advances, concluiu que as florestas analisadas estão desaparecendo ou morrendo. Foram avaliadas cerca de 100 mil árvores, distribuídas no decorrer do Estado, durante 30 anos. São mais de 1100 espécies diferentes, que se encontram desde as florestas mais úmidas no Sul de Minas, como Ibitipoca, Bocaina de Minas, até florestas mais secas no Norte de Minas, como Peruaçu e Monte Rei.
O estudo intitulado “The carbon sink of tropical seasonal forests in southeastern Brazil can be under threat”, com tradução, “O sumidouro de carbono das florestas do sudeste brasileiro pode estar em perigo’, conta com a parceria de pesquisadores da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg); Instituto Federal Goiano (IFG) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas Gerais - Campus Muzambinho (IFSuldeMinas). Essa pesquisa e outras que estão em andamento no laboratório são resultados de mais de três décadas de dedicação dos pesquisadores que por lá passaram sob a coordenação do professor Rubens Manoel dos Santos do setor de Ecologia e Conservação da Natureza do Departamento de Ciências Florestais (DCF/UFLA).
O Laboratório de Fitogeografia e Ecologia Evolutiva, ao longo de toda a sua trajetória, teve como parceiros a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
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