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Pecuária

Pesquisa da UFLA comprova que o uso de Vitamina A em bovinos de corte aumenta o sabor e a suculência da carne

Escrito por Greicielle Santos | Publicado: Quinta, 13 Junho 2019 12:30 | Última Atualização: Segunda, 27 Setembro 2021 11:27
carne

Diversas estratégias têm sido utilizadas para garantir mais suculência e maciez à carne, como uma pesquisa da Universidade Federal de Lavras (UFLA), em parceria com a Universidade Estadual Paulista (Unesp/Botucatu), que analisa o aumento da gordura intramuscular após aplicação de Vitamina A em bovinos de corte.

Os animais cruzados, Montana x Nelore, receberam uma única dose de vitamina A, logo ao nascimento, e após o desmame ficaram em confinamento por um período de 180 dias, sendo abatidos com média de 14-15 meses. Os pesquisadores avaliaram que os animais machos que receberam Vitamina A apresentaram 30% mais gordura de marmoreio, comparado aos animais que foram criados juntos e não receberam a vitamina. Já para as fêmeas, o uso da aplicação de vitamina aumentou aproximadamente 18% a gordura intramuscular.

Após as análises foi comprovada a hipótese dos pesquisadores de que a aplicação de Vitamina A após o nascimento aumenta essa gordura intramuscular. “Os resultados são extremamente positivos quando pensamos que o sistema de produção no Brasil, visando à obtenção de carnes com alto valor agregado e carnes com alta qualidade, está crescendo de forma significativa. É uma possibilidade para que os produtores possam conseguir produzir carnes com alta qualidade e atender esse mercado”, relata o professor do Departamento de Zootecnia da UFLA Marcio Machado Ladeira, coordenador da pesquisa.

Além disso, nas próximas etapas os pesquisadores realizarão outras análises para entender quais foram os mecanismos que proporcionaram a maior obtenção dessa gordura de marmoreio. “Serão feitas análises de expressão gênica para avaliar quais os genes que a Vitamina A conseguiu alterar, proporcionando um aumento nessa gordura, tendo um efeito positivo do ponto de vista econômico e produtivos na cadeia da pecuária de corte”, comenta Ladeira.

O experimento foi realizado nas fazendas experimentais Edgárdia e Lageado, ambas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita” – (Unesp), Campus de Botucatu. Sob a coordenação do professor Marcio Ladeira (UFLA), a pesquisa tem parceria com os professores Otávio Rodrigues Machado Neto, Cyntia Ludovico Martins e Mario Arrigoni da Unesp, campus de Botucatu, o professor Márcio de Souza Duarte da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e o professor Min Du da Washington State Universtiy (WSU), dos Estados Unidos. Além disso, a pesquisa é patrocinada pela empresa de nutrição animal Trouw Nutrition.

 

Reportagem: Greicielle dos Santos - bolsista Dcom/Fapemig

Edição do vídeo: Sérgio Augusto - Editor/Dcom

Esse conteúdo de popularização da ciência foi produzido com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - Fapemig.

 
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