Equipe técnica da UFLA participa de reunião no Quênia para avaliar avanços do Cotton Victoria
Projeto, realizado desde 2016 em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), contribui para o fortalecimento do setor algodoeiro em países africanos
Uma equipe técnica da Universidade Federal de Lavras (UFLA) participou, entre os dias 26 e 29 de setembro, da reunião anual do comitê gestor do projeto Cotton Victoria, realizada no Quênia, país africano que também faz parte do projeto. A reunião teve como objetivo avaliar os resultados das ações no período de 2020 a 2022, além de estabelecer metas para o ano seguinte. Dentre as atividades realizadas, houve visitas aos campi experimentais, palestras sobre a tecnologia de sementes, introdução de novas cultivares, materiais genéticos e de sementes, além do uso de novas tecnologias midiáticas na difusão da extensão rural.
O coordenador do projeto na UFLA, professor Pedro Castro Neto, destacou a importância do Cotton Victoria para os avanços que os países africanos Burundi, Quênia e Tanzânia tiveram na produção do algodão. “Os resultados alcançados só foram possíveis graças às ações que não pararam mesmo diante da pandemia de Covid-19, claro, seguindo todos os protocolos emergenciais impostos no momento. Diante disso, quando avaliamos os cursos e capacitações realizados na Universidade, as visitas técnicas e de campo, tudo caminha para o bom resultado que temos hoje, com um aumento significativo de produtividade e sem acréscimo no custo”, explicou.
O projeto, que tinha previsão para terminar em 2023, foi prorrogado. O coordenador enfatizou a importância de sua continuidade para realização de novas capacitações e outras visitas técnicas. “O intuito é proporcionar uma formação ainda mais eficaz para que eles possam se tornar propagadores das tecnologias aprendidas sobre a produção de algodão”, ressaltou Neto.
A pró-reitora de Extensão e Cultura da UFLA, professora Christiane Maria Barcellos Rocha, participou da mesa de abertura e fez articulações importantes para o projeto em andamento e também para futuros projetos que a Universidade possa desenvolver em parceria com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC).
A equipe técnica da UFLA foi composta pelo coordenador do projeto, professor Pedro Castro Neto, a pró-reitora de Extensão e Cultura, professora Christiane Maria Barcellos Rocha, professor Antônio Carlos Fraga, e o representante da Coordenadoria de Comunicação Social, Sandro Freire de Araújo.
Participaram também da reunião representantes do Ministério de Agricultura, de entidades de pesquisa de extensão de cada um dos países participantes do projeto e responsáveis pela articulação junto à Agência Brasileira de Cooperação, além de representantes da embaixada do Brasil na Tanzânia e no Quênia.
O projeto
O projeto "Cotton Victoria" é desenvolvido no Burundi, no Quênia e na Tanzânia desde 2016, e visa a ampliar a capacidade de utilização de tecnologias mais avançadas para a produção do algodão nos referidos países africanos, sempre com base em experiências e boas práticas brasileiras.
O projeto contribui para o fortalecimento do serviço de extensão rural prestado pelos governos locais nas comunidades de agricultores envolvidos com a iniciativa, e compartilha conhecimentos nas áreas de manejo integrado do algodão e de solos, de modo a capacitar os técnicos das instituições parceiras em tecnologias adaptadas às realidades locais. Dessa forma, constroem-se sistemas melhorados de produção de algodão para cada uma das diferentes regiões produtoras.
A iniciativa é desenvolvida pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com os governos daqueles três países, com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), referência nacional em Ciências Agronômicas e em melhoramento da cultura do algodão, e conta com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).