Burundi recebe equipamentos agrícolas no âmbito do Projeto Cotton Victoria
Quênia e Tanzânia, que também participam do projeto, receberão em breve o mesmo material
O Burundi recebeu, em 26/03, equipamentos agrícolas no âmbito do projeto de cooperação técnica "Projeto Regional de Fortalecimento do Setor Algodoeiro na Bacia do Lago Victoria" ou “Cotton Victoria”. A Agência Brasileira de Cooperação (ABC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE), foi a responsável pela aquisição e envio do material com base em especificações técnicas fornecidas pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), instituição cooperante brasilera no projeto, que é desenvolvido também no Quênia e na Tanzânia.
A aquisição de maquinário e acessórios está prevista no Plano Anual de Trabalho (PAT) 2020-2021 da iniciativa e permitirá a potencialização da produção agrícola naquele país. A falta de equipamentos adequados e de qualificação técnica foram apontados, pelos participantes do projeto, como sendo dois dos principais fatores limitadores para alavancar a produção do algodão na região do Lago Victoria.
O ISABU (“Institut des Sciences Agronomiques du Burundi”) e a COGERCO (“Compagnie de Gérance du Coton”), instituições executoras do projeto no Burundi, receberão os itens que incluem desde equipamentos de proteção individual (EPIs), como luvas, protetores faciais e botas, até equipamentos de trabalho no campo, como betoneiras, conjuntos para aplicação de defensivos agrícolas, roçadeiras, enxadas, carrinhos de mão, prensa enfardadeira, entre outros. Há, também utensílios para uso em laboratório, como balança de precisão, câmera de germinação e refrigerador, além de uma motocicleta e um gerador.
O projeto
O projeto "Cotton Victoria" é desenvolvido no Burundi, no Quênia e na Tanzânia desde 2016, e visa a ampliar a capacidade de utilização de tecnologias mais avançadas para a produção do algodão nos ditos países africanos, sempre com base em experiências e boas práticas brasileiras.
O projeto contribui para o fortalecimento do serviço de extensão rural prestado pelos governos locais nas comunidades de agricultores envolvidos com a iniciativa, e compartilha conhecimentos nas áreas de manejo integrado do algodão e de solos, de modo a capacitar os técnicos das instituições parceiras em tecnologias adaptadas às realidades locais. Dessa forma, constroem-se sistemas melhorados de produção de algodão, para cada uma das diferentes regiões produtoras.
A iniciativa é desenvolvida pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), em parceria com os governos daqueles três países, com a Universidade Federal de Lavras (UFLA), referência nacional em Ciências Agronômicas e em melhoramento da cultura do algodão, e conta com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Autor: Cláudia Caçador.
Texto disponível no site Agência Brasileira de Cooperação.