Nota de falecimento: ex-aluno João Camargo de Aranha Neto, formado pela ESAL há 70 anos
João Camargo chegou à UFLA a cavalo, em 2017, para a celebração da qual participava anualmente
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) comunica, com pesar, o falecimento do senhor João Camargo de Aranha Neto, formado pela Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL) há 70 anos e assíduo frequentador da Instituição. O falecimento ocorreu nessa terça-feira (7/3), com sepultamento realizado em Resende (RJ) nesta quarta-feira (8/3).
Em 2017, aos 93 anos, o agrônomo João Camargo foi pauta na imprensa regional ao cavalgar por uma hora e meia e chegar, a cavalo, na solenidade no Jubileu de Ouro e Prata, evento promovido pela UFLA para homenagear os egressos durante as comemorações de aniversário da Instituição. Foi recebido calorosamente, com muitos aplausos, e se emocionou. Naquele ano, ele era o único integrante vivo da turma formada em Agronomia em 1952. Dizia ser o único ex-aluno a comparecer a todas as celebrações institucionais anuais para egressos.
“Cada um tem uma maneira de gostar das coisas. Para mim, uma das paixões é a universidade. Então, eu faço questão de vir todo ano participar da festa, mesmo que meus colegas não estejam mais presentes. Eu sou o único que restou da turma”, declarou ele ao G1. João Camargo foi casado com a primeira mulher formada pela ESAL, Arlete de Carmargo Aranha, falecida em 2013.
Mensagem de João Camargo, lida em 2017 durante a cerimônia do Jubileu de Ouro e Prata
Hoje, aos 93 anos de vida e 65 de formado, ainda corre nas minhas veias o sangue da tradição que aquece no coração o amor pela minha escola. Sou o sobrevivente da turma de 1952 e tenho certeza: cumprimos o nosso dever! Agora chegou a sua vez…
A humanidade mais próspera pelo arrojo da juventude que pela prudência da maturidade. Assim é a história da nossa UFLA – O jovem Samuel Gammon deu a partida, outro jovem Benjamin Hunnicutt fundou a Escola Agrícola de Lavras e o também jovem Alysson Paulinelli impediu que ela fechasse, federalizando-a. Daí para cá, uma dezena de jovens reitores têm superado todos os problemas e transformado a nossa saudosa Esal nesse verdadeiro monumento de ensino e cultura que é a UFLA. A luta é árdua, mas “mais vale a lágrima derramada pela derrota que a vergonha por não ter lutado”.
