Nota da UFLA sobre novo corte na Educação
Em razão do corte realizado em julho, de mais de 4,6 milhões, já estava previsto um déficit de cerca de um milhão de reais na Universidade Federal de Lavras (UFLA). Esse novo contingenciamento, de mais de 3,3 milhões, reflete mais uma vez no não pagamento de despesas já contratadas. “Isso é um grande problema para o gestor, uma vez que o Governo Federal não cumpre com os acordos de orçamento, fica impossível cumprir com o planejamento da Universidade”, afirma o reitor da UFLA, professor João Chrysostomo de Resende Júnior.
Alterações nos valores das refeições do Restaurante Universitário (RU) ou mesmo paralisação de suas atividades; corte do transporte interno (Mamute); inviabilização da continuidade da moradia estudantil; não pagamento de bolsas de ensino, pesquisa e extensão; cortes no atendimento dos serviços de saúde, mais cortes no número de terceirizados, o que impacta diretamente nas atividades acadêmicas e administrativas; corte das viagens técnicas das aulas práticas, entre outras funções de suma importância para o funcionamento das atividades da Universidade poderão ocorrer a partir deste mês.
O segundo semestre de 2022 da UFLA está previsto para começar em 24/10. Contudo, há a possibilidade do não retorno dos estudantes para essa data, diante do bloqueio apresentado. “É provável que não consigamos começar o segundo semestre letivo por causa do contingenciamento. Estamos indignados. Não é possível que a Universidade Pública Brasileira seja tratada dessa forma. Além da formação de novos profissionais para o mercado de trabalho, as universidades são responsáveis por produzir 95% de conhecimento nesse País, com foco na pesquisa e inovação. Isso é inadmissível”, ressalta o reitor.
Confira a nota da Andifes sobre o novo corte que inviabiliza funcionamento das universidades.