Prédio do Museu Bi Moreira é reformado no ano de seu centenário
No ano de comemoração do seu centenário, o prédio do Museu Bi Moreira, vinculado à Universidade Federal de Lavras (UFLA), passa por obras de reforma e adequação estrutural. Previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2021-2025), as benfeitorias têm como objetivo principal requalificar o museu e sua reserva técnica de acordo com as recentes exigências do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM).
As melhorias incluem troca de assoalho, pintura e implementação de projetos de proteção contra incêndio e pânico, em observância ao Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), documento que comprova que prédios e instalações possuem condições seguras para funcionamento, como saída de emergência, equipamentos para combate a incêndio, entre outras. Todas as adequações procuram manter as características históricas e culturais do prédio. As obras constam no Plano de Desenvolvimento de Unidades da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (PDU da Proec) com demanda de orçamento de cerca de R$ 650 mil até 2025. Desse total, R$ 150 mil obtidos via emenda parlamentar já estão empenhados e estão sendo empregados no início das obras; o restante deve ser custeado com recursos próprios da UFLA.
O prédio é protegido pelo órgão do patrimônio cultural municipal e integra o Campus Histórico da UFLA, importante conjunto arquitetônico de valor patrimonial e cultural.
Museu Bi Moreira
O prédio que abriga o Museu Bi Moreira foi a primeira edificação da Escola Agrícola de Lavras (EAL), que deu origem à UFLA. O lançamento de sua pedra fundamental ocorreu em 14 de julho de 1920 e sua inauguração em 14 de julho de 1922. Inicialmente denominado Pavilhão de Ciências, em seguida o prédio recebeu o nome Álvaro Botelho, em homenagem ao político lavrense, Álvaro Augusto de Andrade Botelho, nascido em 8 de fevereiro de 1860 e falecido em 16 de dezembro de 1917.
A edificação, de 900 m2 e detalhes neoclássicos, localiza-se no Câmpus Histórico da UFLA e, por muitos anos, foi sede administrativa da Instituição. Além de escritórios, o prédio também contava, na época, com salas de aula, biblioteca, laboratórios de física, química, história natural, agronomia e agrologia.
Com a construção do novo câmpus, as atividades administrativas e didáticas foram transferidas para novos prédios. O espaço passou então a ser sede do Museu Bi Moreira, cuja inauguração ocorreu em 9 de setembro de 1983.
O nome do museu é homenagem a Sílvio do Amaral Moreira (1912-1994) - mais conhecido como Bi Moreira -, jornalista lavrense, ex-tipógrafo da gráfica da ESAL e grande colecionador. Desde jovem, Bi Moreira começou a coletar peças, fotografias e documentos em diferentes suportes, constituindo um acervo de coleções históricas, etnográficas, arqueológicas, de ciência e tecnologia. Na década de 1980, essa coleção particular foi encampada pela ESAL, atual UFLA.