UFLA é a oitava universidade empreendedora no Brasil e a terceira em Minas Gerais
A Universidade Federal de Lavras (UFLA) foi a oitava colocada no Ranking Universidades Empreendedoras (RUE) de 2021, que considerou a adaptação das universidades ao ensino remoto e analisou 126 instituições de ensino e 24 mil alunos. Em 2019, a UFLA ocupava a 13ª posição no RUE. Agora, em 2021, dentre todas as universidades ranqueadas nas 27 unidades federativas, a UFLA está entre as dez mais bem posicionadas no ranking, especificamente na 8ª posição.
No documento oficial divulgado pelo RUE, o principal destaque da UFLA foi na categoria de cultura empreendedora, na qual a Universidade conquistou a 6ª posição. Outra boa posição alcançada foi na categoria de infraestrutura, que mensura a percepção dos alunos quanto ao tema. Nessa categoria, a UFLA obteve a 9ª posição. Para que uma universidade empreendedora possa de fato existir, é de extrema importância que ela oferte e/ou tenha acesso a uma infraestrutura adequada e de qualidade, favorável à execução e ao desenvolvimento das atividades. O projeto do Parque Tecnológico da UFLA colaborou para o resultado alcançado pela Universidade nesse quesito.
A UFLA também apresentou resultados significativos no ranking de universidades empreendedoras mineiras, realizado pela Federação das Empresas Juniores do Estado de Minas Gerais (Fejemg), ocupando o 3º lugar geral dentre todas as universidades ranqueadas no estado.
Além disso, nesse resultado estadual, a Universidade também teve destaque no eixo de internacionalização, que tem como indicadores o número de intercâmbios de alunos, parcerias com universidades estrangeiras e pesquisas com colaboração internacional. Na UFLA, a internacionalização vem se desenvolvendo ao longo dos últimos anos, institucionalizada pela Política de Internacionalização. Ações para sua consolidação estão previstas no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFLA.
Em 2020, ano correspondente aos dados enviados para a análise do ranking nacional, a UFLA ganhou celeridade em seus processos para formalização de instrumentos de Cooperação Internacional, resultando em novas parcerias e na promoção de novas oportunidades de mobilidade acadêmica internacional. A Assistente em Administração na Diretoria de Relações Internacionais (DRI/UFLA), Noelly Alves Lopes, revela que, apesar dos impactos acarretados pela pandemia pela Covid-19, a DRI segue trabalhando com a equipe de gestão da Universidade para fortalecer a internacionalização da UFLA.
De acordo com o coordenador do Setor de Entidades de Extensão da UFLA, o professor Adão Felipe dos Santos, todas essas conquistas evidenciam o crescimento da cultura empreendedora da Universidade. “Apesar das tantas dificuldades impostas pela pandemia de Covid-19 nos últimos anos, os resultados da UFLA mostram que professores, estudantes e todos que fazem com que as universidades públicas sejam centros de excelência possuem a capacidade de se reinventar e de proporcionar um ecossistema favorável para o empreendedorismo, a internacionalização e a implementação de ações de extensão.”
Adão ainda comenta sobre o aumento no interesse dos estudantes pelo empreendedorismo na graduação. “Mesmo durante a pandemia, nossos estudantes, em conjunto com os professores, estão engajados e dispostos a mudar a realidade do nosso país por meio de ações de empreendedorismo. Juntas, as Empresas Juniores da UFLA movimentaram, em 2021, aproximadamente 423 mil reais. Deixo a minha parabenização a todos que fazem com que a UFLA seja cada vez mais favorável ao empreendedorismo.”
O RUE 2021
O RUE é uma iniciativa da da Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) que conta com o apoio da Secretaria de Educação Superior (Sesu/MEC) e visa fortalecer o ensino superior no Brasil. A cada dois anos, o Brasil Júnior analisa e ouve as universidades participantes e os seus alunos considerando seis dimensões: infraestrutura, internacionalização, capital financeiro, cultura empreendedora, inovação e extensão.
Dessa forma, o RUE objetiva gerar novos estímulos para universidades melhores e mais empreendedoras. Para isso, o ranking coleta e analisa dados de três fontes: da percepção de estudantes, do posicionamento oficial das instituições (coletado por embaixadores) e dos dados de fontes secundárias. Assim, é possível elencar os pontos de melhoria, calcular a nota das universidades com base na metodologia aplicada e evidenciar as boas práticas observadas.
O RUE é capaz de observar, ao cruzar e mapear esses três tipos de informação, em primeiro lugar, a forma como os estudantes percebem a mentalidade empreendedora da sua própria instituição de ensino. Um ambiente que estimule a inovação terá discentes mais engajados na busca por soluções que possam se tornar modelos de negócio.
Além disso, com objetivo de alcançar ainda mais universidades para a iniciativa, foi realizada uma campanha em conjunto com as federações de empresas juniores, presentes em todas as Unidades Federativas, e cada universidade teve o seu próprio embaixador, cuja responsabilidade foi a de realizar as coletas de dados nas universidades.
O professor Adão não deixou de destacar a importância da embaixadora da UFLA, a estudante do curso de engenharia química Isabelle Maria Barros Gajo. “A ajuda da embaixadora na UFLA, a Isabelle, com certeza foi essencial para que nós fizéssemos a coleta das informações de forma assertiva em cada um dos eixos temáticos e para que pudéssemos mobilizar os discentes e atingir o maior número de respostas no questionário de percepção.”
As outras nove universidades melhores colocadas no RUE 2021 foram: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Universidade de São Paulo (USP); Universidade Federal de Viçosa (UFV); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp); Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Universidade Federal do Ceará (UFC); Universidade Federal de Itajubá (Unifei) e Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Texto: Claudinei Rezende, bolsista Pibec.
Revisão: Ana Eliza Alvim.