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Dicas de português

A curto prazo ou Em curto prazo?

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Segunda, 05 Novembro 2018 14:50 | Última Atualização: Segunda, 05 Novembro 2018 14:50
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O correto/adequado é utilizar 'a curto prazo' ou 'em curto prazo', ou  ambas as formas estão corretas em situações específicas?

1) Frequentemente ocorrem dúvidas sobre   a forma correta: a curto prazo ou em curto prazo? Ou seja: saber que preposição deve ser empregada antes da palavra prazo, precedida ou não de um adjetivo como curto, médio ou longo.

2) Faça-se uma observação inicial sobre a falta de tratamento mais específico da matéria por parte dos gramáticos. Mas se complemente com a ponderação de que a verificação do que se dá na prática dos casos concretos responde suficientemente às dúvidas que surgem em tais situações.

3) Uma primeira possibilidade verificada no dia a dia é o emprego da preposição em com expressões dessa natureza. Ex.: "Termino a obra em curto prazo". E isso assim acontece, porque uma frase como essa responde à indagação "Você termina essa empreitada em que prazo?"

4) Acrescentam-se outras frases com estrutura similar: a) "Em médio prazo, a situação estará equilibrada"; b) "Em longo prazo, não mais haverá solução".

5) Esse emprego com a preposição em admite associação com os artigos definidos o, a, os e as. Exs.: a) "Em contraste com o longo prazo, no curto prazo temos alguns fatores variáveis e outros fixos, relativamente ao nível de produção escolhido"; b) "É possível lucrar mais que a poupança nocurto prazo".

6) Em segunda possibilidade, também se admite o emprego da preposição a, quando o sentido da expressão é o de um prazo próximo não especificado, e a função sintática da expressão é a de um adjunto adverbial. Exs.: a) "A curto prazo não haverá mudanças sensíveis na economia"; b) "O negócio no início será ruim, mas a longo prazo poderá tornar-se lucrativo" (HOUAISS; VILLAR, 2001, p. 2.279).

10) Algumas observações devem ser feitas, em síntese e como fecho, a esta altura: a) os gramáticos normalmente não se debruçam sobre a análise das preposições que devam ser empregadas nessas circunstâncias; b) em vários casos, os empregos observados constituem peculiaridades do idioma, sem justificativa técnica maior para esta ou aquela construção; c) um estudo mais aprofundado revela alguma diversidade de conteúdo semântico (ou seja, de significado) entre as expressões, além de diferenças sintáticas entre as estruturas em tais casos; d) não parece haver razão para condenar o emprego desta ou daquela forma de expressão.

Fonte: www.migalhas.com.br/Gramatigalhas (com adaptações)

Paulo Roberto Ribeiro 

DCOM

 
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