Preços do feijão e da carne bovina pressionam a inflação
A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,37%, no mês de novembro. Em outubro, esse índice havia sido de 0,81%. Com essas variações de preços, a inflação medida pela Ufla, em 2007, está acumulada em 5,04%.
Entre os onze grupos que compõem o IPC da Ufla, a taxa de inflação de novembro ficou localizada principalmente na categoria alimentos, a exemplo dos meses anteriores, que teve alta, em média, de 1,68%. Os preços dos produtos in natura caíram 1,41%, bem como os dos industrializados, que ficaram mais baratos 0,79%. No entanto, os alimentos semi-elaborados aumentaram 5,91%. E foram as altas do feijão (20,85%), da carne bovina (10,23%), da suína (5,36%) e da carne de frango, com aumento de 4,75%, que puxaram a taxa de inflação do mês. E ao contrário de meses anteriores, os preços de alguns derivados de laticínios já começam a cair, a exemplo do leite longa, cuja baixa foi de 3,21%; queijo, -5,17% e iogurte, queda de 3,84%. Em 2007, o grupo alimentos já aumentou, para o consumidor, 12,78%.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador das pesquisas do IPC, a taxa de inflação de novembro só não foi maior em razão da queda nos preços das despesas com material de limpeza (-1,25%), vestuário (-0,63%) e transporte (-0,1%), além da estabilização nos preços dos itens que compõem os grupos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e gastos com moradia e lazer, que não se alteraram, em média, no mês.
Além dos alimentos, a pesquisa da Ufla identificou altas nos preços das seguintes categorias: bebidas (1,06%), higiene pessoal (0,3%), bens de consumo duráveis – eletrodomésticos, móveis e informática (0,49%), e educação e saúde, (0,02%).
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas teve uma variação de 1,75% em novembro, passando a custar R$288,36. Em outubro, esse valor foi de R$283,39.