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Professora da UFLA é empossada como presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo

Escrito por Ana Eliza Alvim | Publicado: Quinta, 13 Agosto 2015 17:39 | Última Atualização: Sexta, 07 Agosto 2015 11:00
[caption id="attachment_92918" align="alignleft" width="249"]Professora Fátima recebe os cumprimentos do ex-presidente da SBCS, Gonçalo Farias no momento da eleição. Foto: SBCS. Professora Fátima recebe os cumprimentos do ex-presidente da SBCS, Gonçalo Farias, no momento da eleição. Foto: SBCS.[/caption] A Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (PPGCS/UFLA), professora Fátima Maria de Souza Moreira tomou posse em 5/8 do cargo de presidente da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo (SBCS). A cerimônia foi realizada em Natal (RN), durante Assembleia da SBCS, inserida na programação do XXXV Congresso Brasileiro de Ciência do Solo. O nome da professora Fátima foi indicado durante processo pelo qual a Secretaria Executiva da SBCS abriu chamada pública para candidatura dos sócios ao cargo. A indicação foi referendada em reunião do Conselho Diretor da Sociedade. O mandato será exercido no período 2015-2017. De acordo com a professora Fátima, os dois anos de trabalho à frente da SBCS serão de empenho. “A Sociedade tem hoje quase 1,2 mil sócios e nossa intenção é elevar esse número. Também vamos atuar para que a produção científica da SBCS esteja cada vez mais disponível à sociedade, servindo à população. Outro desafio é a luta do plano político, para que a questão dos solos seja objeto de atenção no país”, comentou. Outros quatro professores da UFLA também tomaram posse em comissões especializadas da SBCS. Na Divisão 2 - Processos e propriedades do solo  - foram empossados os professores do DCS Mozart Ferreira e Moacir Souza Dias Jr. (Comissão Física do Solo) e o professor Yuri Lopes Zinn (Comissão Mineralogia do Solo). Já na Divisão 3 - Uso e Manejo do Solo - tomou posse o professor Marx Leandro Silva (Comissão Manejo e Conservação do solo e da água). A atuação do grupo também ocorrerá durante o mandato de dois anos. A UFLA no Congresso A edição de número 35 do Congresso Brasileiro de Ciência do Solo ocorre em Natal (RN) de 2/8 a 7/8 e reúne cerca de 2,5 mil pessoas. Na relação de palestrantes nacionais, representaram a UFLA, além da professora Fátima, os professores João José Marques, Luiz Roberto Guimarães Guilherme e Marx Leandro Naves Silva. O professor emérito do Departamento de Ciência do Solo (DCS) Alfredo Scheid Lopes também esteve presente no Congresso. Oito professores do DCS participaram com apresentação de trabalhos científicos de forma oral e em pôster. Além dos cinco citados acima, acrescentam-se os professores Maria Ligia Silva, Leonidas Carrijo Melo e Michele de Menezes. Sessenta alunos de graduação e pós-graduação também estiveram envolvidos. Mais de cem trabalhos produzidos na UFLA foram apresentados. Os técnicos administrativos Bruno da Silva Moretti e Livia Cristina Coelho também fizeram suas apresentações.
Entre os livros lançados durante o evento está o título “Guia Prático de Classificação de Solos Brasileiros”. O professor do DCS Nilton Curi é um dos autores da obra. O pesquisador da Embrapa Solos Raphael David dos Santos é o primeiro autor. Também faz parte do grupo o engenheiro agrônomo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Sérgio Hideiti Shimizu. A publicação tem o apoio da empresa Celulose Riograndense.
A estudante da pós-graduação do DCS Giovana Clarice Poggeria é uma das autoras de outra obra lançada: "Crônicas do Barranco". Confira os temas das palestras proferidas por professores da UFLA na programação Científica do Congresso: - No Simpósio “Inoculantes não tradicionais na agricultura: novos rizóbios e não leguminosas”, a professora Fátima apresentou o tema Cupriavidus spp. e Burkolderia spp. promotoras de crescimento vegetal: Prós e Contras. - No Simpósio “Contaminação e Remediação em solos”, o professor João José falou sobre Geoquímica de solos contaminados por elementos-traço. - No Simpósio “Análise de risco: derivação de valores orientadores”, o professor Luiz Roberto abordou Parâmetros fisiológicos e bioquímicos de plantas para validação de VPs para elementos-traço em solos. - No Simpósio "Estado atual, inovações e desafios das pesquisas em erosão do solo no Brasil", o professor Marx proferiu a palestra Desafios e inovações metodológicas nos estudos de erosão hídrica no Brasil. PPGCS no Ano Internacional dos Solos A Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu 2015 como Ano Internacional dos Solos. Com a medida, a intenção é sensibilizar a sociedade, já que a degradação desse recurso natural representa ameaça ao meio ambiente e à economia. Professores do Departamento de Ciência do Solo (DCS) têm participado, ao longo do ano, dos eventos de comemoração e mobilização para o tema. O PPGCS é o único Programa de Pós-Graduação da UFLA com conceito 7 na Capes, nível máximo de qualificação e evidência de forte inserção internacional. Desde sua criação, o DCS tem a tradição de combinar embasamento teórico e prático para a solução de problemas que afetam a agricultura brasileira. De acordo com a SBCS, os solos estão ligados, direta ou indiretamente, a mais de 95% da produção mundial de alimentos. Apesar de precisarem de milhões de anos para se formar, eles podem se degradar pela erosão em poucos anos de utilização, ficando improdutivos ou com baixa capacidade de produção de alimentos, pastagens, biocombustíveis e outros recursos deles dependentes. Com o crescimento previsto pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para a população mundial, a demanda pela produção de alimentos tende a crescer. Dos 7 bilhões de habitantes existentes no planeta, o número passará a mais de 9 bilhões, elevando de 1,64 bilhões as toneladas de alimentos consumidas atualmente para 2,6 bilhões em 2050 – trata-se de um aumento de 60% em 40 anos. A conjuntura exige, entre outras ações, a conservação do solo, o aumento da eficiência dos sistemas de produção agrícola, a institucionalização de políticas públicas para gestão adequada do recurso natural, a mudança no comportamento dos cidadãos e a aplicação imparcial da legislação ambiental brasileira.
 Com informações de Luciana da Silva, bolsista Ascom/DZO.

 

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