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Pesquisadores e cafeicultores do Havaí recorrem à Epamig e UFLA para enfrentar a broca-do-café

Publicado: Quarta, 08 Julho 2015 05:29 | Última Atualização: Sexta, 03 Julho 2015 08:42
[caption id="attachment_90126" align="alignleft" width="249"]Brasil recebe comitiva americana para enfrentar um desafio: a broca-do-café no  Havaí Brasil recebe comitiva americana para enfrentar um desafio: a broca-do-café no Havaí[/caption] Uma comitiva do estado americano Havaí, composto de oito pesquisadores e cafeicultores, visitou nesta semana (29/6) a Universidade Federal de Lavras (UFLA) e a Agência de Inovação do Café (InovaCafé) para aprofundar o conhecimento sobre uma praga que tem causado prejuízos às lavouras cafeeiras da ilha – a broca-do-café. A visita foi coordenada pelo pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Júlio César de Souza, que estuda a praga há mais de 40 anos, e acompanhada pelos professores Antônio Nazareno Guimarães Mendes, Rubens José Guimarães, Virgílio Anastácio da Silva, Mário Lúcio Vilela Resende e do pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), Sérgio Parreiras Pereira. Um dos objetivos da visita foi conhecer a realidade da broca-do-café nas condições do Brasil, pois a praga foi constatada recentemente na ilha americana e os produtores estão tendo grandes prejuízos. De acordo com Júlio César, pesquisadores da Epamig e UFLA pretendem formar um intercâmbio com os pesquisadores havaianos para oferecer ajuda no enfrentamento à praga. “Nesse aspecto ficamos felizes, a Epamig e a UFLA são instituições de referência neste tema. É sinal que o nosso trabalho conjunto tem dado resultado.”, comenta. O pesquisador ressaltou ainda o momento problemático que vivem os produtores havaianos, já que na ilha não são usados defensivos agrícolas químicos e a situação tem se agravado, com a broca se multiplicando geometricamente. Vale destacar que em termos econômicos, a broca é a principal praga para o cultivo de robusta e a segunda mais importante para o café arábica. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), é o inseto que mais danifica a cafeicultura em todo o mundo. No Brasil, estudos apontam o monitoramento do cafeeiro como alternativa para auxiliar o controle químico e biológico da broca-do-café. Essa praga preocupa os cafeicultores pela possibilidade de perdas qualitativas e quantitativas, já que a broca ataca as sementes dos frutos. A broca foi controlada no Brasil a partir da década de 1970 pelo uso do inseticida Endosulfan, que em 2013 teve sua comercialização suspensa devido à alta toxicidade e ao potencial de danos ao meio ambiente. Trabalho realizado em conjunto entre Epamig, Embrapa e UFLA busca validar novas alternativas para o controle da praga.
Texto da jornalista Marina Botelho –  bolsista da Rede Social do Café/Consórcio Pesquisa Café.
 

 

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