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Clima chuvoso no inverno altera preços do café e do leite
O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA), através de sua pesquisa mensal de coleta de preços da atividade agrícola, constatou que o Índice de Preços Recebidos (IPR) no mês de julho teve uma alta de 5,69%. Essa elevação da renda do produtor rural foi ocasionada principalmente pelo aumento do preço do café (em 21,56%) e o preço do milho (em 20,81%). A elevação de preço dessas commodities foi explicada pelo coordenador da pesquisa, professor Renato Fontes, como sendo ocasionada por fatores climáticos no Brasil e nos Estados Unidos. Conforme o professor, o excesso de chuva neste inverno brasileiro levou a uma perda de qualidade dos cafés colhidos, o que deixou o mercado temeroso sobre a redução da oferta de café de boa qualidade. Dessa forma, ocorreu uma inversão na tendência da queda no preço do produto durante o mês de julho. O aumento do preço do milho deve-se à ocorrência de uma forte seca no cinturão produtivo de milho e soja americano, de acordo com o professor Renato Fontes. O clima afetou profundamente o desenvolvimento das culturas de milho e soja, reduzindo sua oferta e fazendo com que os preços se elevem em todo o mercado mundial – o que se reflete também no Brasil. Outro ponto destacado pela pesquisa foi a queda do preço do feijão em julho. A oferta vem sendo normalizada, portanto, o preço se ajusta em patamares menores. Em abril, a saca desse alimento tão consumido pelo brasileiro chegou a R$ 290,00; em julho, o valor passou a R$ 112,00. A pecuária leiteira está na entressafra e, pela teoria econômica, os preços deveriam apresentar alta, devido a uma oferta menor. Apesar disso, em julho houve uma expressiva queda em seu preço, comparado com o do mês anterior. A queda chegou a -9,54%. Esse fato atípico na atividade leiteira ocorreu devido a alguns fatores: a ocorrência de chuvas gerou pastagens melhores que as dos mesmos períodos em anos anteriores, o que impulsionou o aumento da oferta; e também aconteceu uma diminuição da demanda de produtos lácteos, explicada pela redução de renda dos consumidores. Com isso, os laticínios tiveram suas margens de negociação de preços reduzidas. O Índice de Preços Pagos (IPP), referente aos insumos gastos pelos produtores rurais no Sul de Minas Gerais, caiu -0,27% no mês de julho de 2012. No acumulado deste ano, o IPP apresenta uma deflação da média geral em -0,37%.
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