Indicadores da economia agrícola continuam sinalizando melhoria no campo
O mês de novembro indicou que o campo continua tendo renda média superior aos seus custos de produção. No acumulado dos últimos seis meses, a renda agrícola teve um aumento médio de 5,43% e o aumento nos custos de produção ficou em 0,54%. Pela avaliação dos produtos agropecuários ao longo dos últimos doze meses, a renda do produtor aumentou, em média, 30,25% e os custos na produção subiram 3,09% no mesmo período. Essas diferenças foram puxadas principalmente pelos grãos.
Em novembro, o Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural, que teve alta de 0,25%. Já os dados levantados dos insumos estimaram que o Índice de Preços Pagos (IPP) teve uma ligeira alta, em novembro, de 0,02%, refletindo nos custos de produção.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador dos Índices, a maior alta de preços pagos ao produtor rural em novembro ficou com o café, cuja cotação subiu 6,43%.
Os demais grupos pesquisados nesse mês tiveram queda média de preços: hortifrutigranjeiros (-1,53%); milho, feijão e arroz (-2,79%) e leite tipo C, queda de 5,66%.
Além do café, com alta de 6,43%, o arroz ficou mais caro no campo 4,17% e o feijão subiu 3,75%. Mas essas altas foram contrabalanceadas pela queda no preço do milho, com baixa de 6,63% e do leite tipo C, que ficou mais barato para o pecuarista 5,66%.
Novembro foi o mês em que os preços médios das principais hortifruti caíram 1,53%. Entre os itens pesquisados, as maiores quedas ficaram com os setores ligados ao tomate (-9,09%), pimentão (-7,55%), cebola (-11,11%), beterraba (-12,2%) e ovos, com queda de 1,08%. As maiores altas ficaram concentradas na laranja, no repolho, no frango abatido, no novilho para abate e na arroba do boi gordo.
Entre os insumos, as maiores altas verificadas nesse setor, destacaram adubos com aumento de 0,32%, fungicidas (0,67%), herbicidas (0,43%) e formicidas, que ficou mais caro para o produtor 0,65%. Ao contrário, a pesquisa da Ufla identificou queda nos preços das sementes e mudas (-0,22%), carrapaticidas (-0,69%) e vermífugos, com queda média de preços de 0,49%.