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Comitiva de cafeicultores da Colômbia realiza visita técnica à UFLA
Cibele Aguiar
Não há como negar a habilidade que a Colômbia tem quando o assunto é o marketing do café e a valorização em mercados de qualidade superior. No Brasil, embora com uma visão transformadora sobre a qualidade, a maior força da cafeicultura brasileira continua sendo o volume de café produzido. Com o objetivo de trocar experiências, uma comitiva de 13 colombianos visitou o Brasil nessa semana, com uma passagem especial pela Universidade Federal de Lavras (UFLA). A comitiva foi recepcionada no Centro de Ensino, Pesquisa e Extensão do Agronegócio Café da UFLA (Cepecafé), responsável por um arrojado programa de pesquisa, com mais de 100 professores e pesquisadores de diferentes departamentos, atuando em diversas áreas do conhecimento. Durante a visita, os colombianos participaram de uma apresentação sobre as linhas de pesquisa da Universidade, com a explanação do professor de Cafeicultura Rubens José Guimarães, além dos professores Virgílio Anastácio da Silva, Rosemary Gualberto Alvarenga Pereira, Myriane Stella Scalco e Gabriel José de Carvalho (chefe do Departamento de Agricultura – DAG/UFLA). Também foram recebidos pelos estudantes que compõem o Núcleo de Estudos em Cafeicultura (Necaf) e pelo pesquisador Sérgio Parreiras Pereira (IAC), que fez uma explanação sobre a temática cafeicultura nas redes sociais. De acordo com o representante da Syngenta em Bogotá, Gilberto Pulgarín Marín, a visita técnica ao Brasil objetivou o aprendizado sobre nuances da cafeicultura brasileira, em especial o que tange ao desempenho na produtividade. Além de aumentar a produção dos cafeeiros, os cafeicultores colombianos, de diferentes regiões produtoras, ressaltaram interesse em informações sobre fertirrigação, colheita, renovação das lavouras, mecanização em declividade, redução da bienalidade e pegamento de florada. Questionado sobre a imagem da cafeicultura brasileira na Colômbia, Marín confirma a suposição da imagem do Brasil no exterior, “grande, empresarial, com alta tecnologia e com muito capital para investimento”. Por meio da troca de informações, a comitiva pôde perceber similaridades entre os dois países, como a predominância de pequenas propriedades e alta dependência do café para o desenvolvimento regional. Mas também levaram a lição de que o Brasil começa a se despontar nos últimos anos, que é a tentativa de integrar as ações da pesquisa, extensão, políticas públicas e demandas do setor produtivo, incluindo a participação de empresas privadas. Essa relação foi destacada pelo professor Rubens e pelo consultor técnico da Syngenta, Marcos Roberto Dutra, que reforçou a relação entre a universidade e as empresas, como espaço de compartilhamento de ideias e construção de um conhecimento mais próximo da demanda dos cafeicultores. “As universidades geram o conhecimento e essas informações devem chegar ao campo”, enfatiza Dutra.
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