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Indicador agrícola continua sinalizando melhoria no campo

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Quinta, 31 Março 2011 06:49 | Última Atualização: Quinta, 31 Março 2011 06:49

O mês de março indicou que o campo continua tendo renda média superior aos seus custos de produção. No acumulado dos últimos 12 meses, a renda agrícola teve um aumento médio de 35,88% e o aumento nos custos de produção ficou em 3,57%. E essa diferença foi puxada principalmente pela alta dos grãos no ano passado, e pelos hortifrutigranjeiros afetados pelas chuvas do primeiro trimestre de 2011.

Em março, o Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), divulgou o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural, que teve alta de 11,95%. Já os dados levantados dos insumos estimaram que o Índice de Preços Pagos (IPP) teve uma ligeira alta em março de 0,03%, refletindo nos custos de produção.

De acordo com o prof. Ricardo Reis, coordenador dos Índices, o feijão, que iniciou o ano com tendência de queda, já está revertendo esse comportamento. Em março teve alta de 14,13%. Explica o professor, que devido às chuvas, os produtores tiveram dificuldades de colheita e queda de produtividade, perdendo parte do produto no campo. E que esta situação deve normalizar apenas a partir de maio. O feijão é um produto agrícola com três safras; das águas, da seca e o feijão irrigado. Neste momento, estamos na segunda colheita, afirma.

A cotação do café continua em alta, com boas tendências de se manter com mercado firme ao longo do ano. Em março, teve alta de 21,51%. Já o preço pago ao arroz, seguiu tendência contrária aos demais grãos, com queda no mês de 14,29%. E entre os hortifrutigranjeiros, as maiores altas em março foram as da batata (17,39%), da cebola (28,38%), da couve-flor (40,0%), do tomate (15,89%) e da mandioca, com alta de 28,8%.

E a melhoria no campo também ficou localizada na pecuária leiteira, cujo preço pago ao pecuarista aumentou 4,49% para o leite tipo C.

Entre os insumos, as maiores altas verificadas nesse setor, destacaram as vacinas, com aumento de 6,16%, os carrapaticidas, com alta de 1,8%, os herbicidas, 0,72%, e aumento médio dos combustíveis, 3,57%.  Ao contrário, a pesquisa da Ufla identificou queda nos preços dos fertilizantes (-0,56%), e o preço das rações de mantiveram estáveis em março.

 

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