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Dia de campo sobre o cultivo de marmelo em Marmelópolis
O prof. Rafael Pio, do Departamento de Agricultura, ministrou um dia de campo em Marmelópolis (MG) com o intuito de divulgar novas tecnologias para o cultivo do marmeleiro. Ao final do dia, os principais produtores do município e o professsor da UFLA foram agraciados com a placa de prata, uma homenagem da Emater e da Prefeitura de Marmelópolis, em agradecimento ao incentivo e à luta na produção e preservação da cultura do marmeleiro.
Segundo o prof. Rafael, que há 10 anos dedica-se a pesquisas dessa frutífera, atualmente a UFLA possui o maior banco de germoplasma de cultivares de marmelo (33 cultivares). Esses cultivares foram levados a campo, no final do ano passado, em um ensaio de competição varietal. “As pesquisas em parceria com os pesquisadores Ângelo Alvarenga e Enilson Abrahão, ambos da Epamig e o prof. Nilton Nagib, do DAG, definiram um protocolo de produção de mudas enxertadas para o marmeleiro e esforços foram concentrados na coleta dos cultivares de marmeleiro. O próximo passo é incrementar as ações de extensão visando ao resgate da produção de marmelos em Minas Gerais, com cultivares altamente produtivos”.
Ele ressalta, ainda, que cultivar marmelos é um bom negócio. “Uma planta adulta produz, em média, 30 Kg de frutas. Em um hectare, são produzidos, em média, 20 ton. Esses frutos podem ser comercializados de R$1,50 a R$2,00/Kg ou processados em marmelada. Cada quilo de fruta gera um quilo de marmelada, que chega a R$10,00/Kg, dependendo da embalagem e do local de comercialização.
Histórico
O Estado de Minas Gerais foi e é o principal produtor nacional de marmelos. Na década de 30, havia 27 indústrias processadoras de marmelos para a confecção de marmelada no sul de Minas, mais precisamente nos municípios de Delfim Moreira, Itajubá, Cristina, Virgínia, Maria da Fé e Marmelópolis, esse último considerado o principal produtor. Atualmente, o panorama do cultivo dessa frutífera é de abandono, por desinteresse dos produtores, desiludidos pela carência de incentivos financeiros e assistência técnica, e pela carência de pesquisadores e técnicos envolvidos com essa frutífera no Brasil.
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