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Liquidações de inverno seguram inflação de agosto

Escrito por Comunicação UFLA | Publicado: Segunda, 30 Agosto 2010 06:08 | Última Atualização: Segunda, 30 Agosto 2010 06:08







A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e calculada pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) registrou variação negativa em agosto, ou seja, constatou-se deflação de 0,31%. No mês de julho a inflação ficou em 0,36%.

Segundo o professor Ricardo Reis, coordenador da pesquisa, deflação significa queda na média dos preços pesquisados, não implicando que todos os preços dos produtos e serviços que compõem o índice caíram. Cada item tem um peso no IPC, conforme a pesquisa de orçamento familiar (POF).

Em julho, o setor de vestuário teve uma queda média de 2,84%, decorrente das  promoções de inverno. Com o lançamento da moda primavera-verão, os lojistas buscam liquidez com as tradicionais liquidações de fim de estação, renovando seus estoques. Explica o prof. Ricardo que o grupo vestuário é a segunda categoria que mais pesa no orçamento familiar e uma variação como a verificada em agosto afeta a taxa de inflação.

Além do grupo vestuário, as despesas com bebidas tiveram uma variação negativa em agosto de 1,59%, os bens de consumo duráveis (eletroeletrônicos, móveis e informática) ficaram mais baratos, em média, 1,75% e os gastos com higiene pessoal pesaram menos no orçamento do consumidor em 0,55%. O setor de educação e saúde também teve uma ligeira queda de preços de 0,05%.

No caso de alimentos, setor que mais pesa no IPC da UFLA, a variação média de preços no mês de agosto foi de 0,78%, concentrada principalmente nos produtos semi-elaborados, que aumentaram 1,7%. Já os alimentos in natura tiveram uma variação de preços de 0,5%, e os alimentos industrializados se mantiveram estáveis no mês. Entre os alimentos, as maiores altas ocorreram no setor de carnes: a suína teve alta de 1,12%, a carne de bovina ficou mais cara 1,93% e a de frango, aumento de 2,22%. O arroz também pesou mais no bolso do consumidor, com alta de 1,28%.

Mas esses aumentos no segmento alimentício foram contrabalançados pelas quedas de alguns hortifrutigranjeiros, como a batata (-6,55%), o tomate (-16,77), os ovos (-5,38) e o mamão (-4,56%), e de produtos industrializados, a exemplo do açúcar (-4,07%), da manteiga (-5,82%) e da maionese (-4,18%).

 O levantamento do DAE/UFLA não verificou alterações de preços na média dos itens que compõem os grupos moradia, serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e as despesas com transporte e lazer. Já a categoria material de limpeza ficou mais cara 0,44% em agosto.

Como conseqüência das quedas média de preços de alguns produtos in natura e industrializados, o custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas ficou mais barato 3,92% em agosto, passando a custar R$336,74. Em julho, seu valor era de R$350,50.

 

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