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Indicadores Agrícolas: situação no campo preocupa
O Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/UFLA) divulgou os resultados dos Índices de Preços Agrícolas de maio, pelo qual se constata que a economia do setor rural ainda passa por momentos de instabilidade neste ano de 2009. E esta constatação está relacionada tanto aos preços recebidos pelos produtores rurais como à demanda pelos insumos agrícolas.
Em maio, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos agrícolas teve queda de 1,94% e o Índice de Preços Pagos (IPP) pela compra de insumos agrícolas caiu 5,18%.
De acordo com o professor Ricardo Reis, coordenador do Índice, “esses resultados indicam um processo de descapitalização do produtor rural e que tende a ter influência na produção da safra 2009/2010, que se inicia no segundo semestre”.
Com exceção do preço recebido pelo feijão, que teve alta de 18,12% em maio, os demais grãos tiveram queda de preços no campo, como o arroz (-8,57%), o café (-9,62%) e o milho (-0,61%), o que tem um efeito muito forte na renda do produtor rural.
E, na contramão dessas quedas, o preço do leite fluido tipo C recebido pelo pecuarista continua em alta. No mês de maio, esse produto teve valorização de 14,0%, continuando a tendência do mês de anterior, cuja alta havia sido de 0,57%. Também o leite tipo B teve alta no mês, tendo o preço recebido variado 2,86%.
Já os hortifrutigranjeiros tiveram queda média de 8,07% em maio, puxados pelas baixas nos preços do frango vivo (-28,57%), do frango abatido (-30,0%), da cenoura (-38,46%), da batata-fiúza (-26,96%), do pimentão (-31,37%) e do quiabo (-30,15%). As maiores cotações nesse grupo foram no preço da banana (12,5%), da alface (26,98%), da couve (12,22%) e da arroba do boi, 16,97%.
Entre os insumos agrícolas, as menores cotações ocorreram nos preços dos animais de rebanho (vaca leiteira e vaca cruzada), com queda média de 18,29% em maio; utilitários (veículos de carga), -10,09%; máquinas e equipamentos agrícolas, com redução, em média, de 0,65%; vermífugos, -1,61% e utensílios em geral (arames, lona plástica, enxada, foice, grampo de cerca, sacaria, etc.), 2,13%. E as maiores altas entre os insumos foram nos grupos das rações (6,31%) e dos fertilizantes (6,79%).
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