Moda outono-inverno já pressiona inflação
A taxa de inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Universidade Federal de Lavras (Ufla) ficou em 0,75%, no mês de março, contra 0,1% no mês anterior. Com esse comportamento dos preços, a inflação medida pela Ufla, em 2008, está acumulada em 1,98%.
Em março, a alta do IPC da Ufla ficou localizada, basicamente, no setor de vestuário, que aumentou 3,72%, devido à entrada no mercado da moda outono-inverno. Também pressionaram a inflação do mês os gastos com moradia (alta de 2,42%), principalmente os itens aluguel e serviços domésticos, influenciados pelo início do período escolar e pelo aumento do salário mínimo.
Os outros grupos levantados pela pesquisa e que tiveram aumentos de preços foram: bebidas (2,47%) e material de limpeza (0,75%).
A taxa de inflação de março só não foi maior devido à queda nos preços dos alimentos, que ficaram mais baratos para o consumidor 0,35% e dos bens de consumo duráveis (eletrodomésticos, móveis e informática), cujos preços médios caíram 1,43%. A queda dos preços dos alimentos localizou-se nos produtos semi-elaborados, que ficaram 2,66% mais baratos para o consumidor, principalmente o feijão (-3,74%), o arroz (-2,7%), a carne bovina (-4,66%) e a carne de frango (-3,23%). Os alimentos in natura subiram 4,1% e os industrializados tiveram alta de 0,63%.
Outras quedas de preços verificadas no mês foram nas categorias higiene pessoal (-0,12%), educação e saúde (-0,02%) e despesas com transporte (-0,04%). A pesquisa da Ufla não identificou variações na média dos preços dos itens que compõem os grupos serviços gerais (água, luz, telefone e gás de cozinha) e gastos com lazer.
O custo da cesta básica de alimentos para uma família de quatro pessoas, de R$324,93, está 2,07% maior em março. Em fevereiro, custava R$318,31. O aumento do preço da cesta básica foi influenciado, exclusivamente, pelos preços dos alimentos in natura, como o do tomate (alta de 32,41%), dos ovos (aumento de 7,82%) e da banana (5,77%).