Cotações dos grãos sustentam renda no campo em janeiro
Os indicadores da economia rural sinalizaram melhoria no campo, no primeiro mês do ano de 2008. Conforme dados levantados pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (DAE/Ufla), por meio dos cálculos dos Índices de Preços Agrícolas, o índice que mede a renda do setor agropecuário foi superior ao que estima os custos de produção.
Em janeiro, o Índice de Preços Recebidos (IPR) pela venda dos produtos do setor rural teve aumento de 9,56%, puxado pelas cotações dos grãos, principalmente o feijão, que teve alta, para o produtor, de 22,76% e o milho, cuja variação do preço recebido foi de 16,94%. Também contribuiu para a alta da renda agrícola no mês a alta do café, cujo preço pago aos cafeicultores aumentou 6,12%.
No caso do setor leiteiro, os pecuaristas receberam 10,41% a mais pela venda do leite fluido tipo C, enquanto não houve alteração no preço recebido pelo leite tipo B. E o preço a arroba do boi gordo aumentou, para o produtor, 6,67%.
Os hortifrutigranjeiros também tiveram alta em janeiro, ficando mais caro no campo, em média, 17,34%, puxados pelas altas do quiabo (100,0%), do tomate (78,57%), da abobrinha (45,83%), da beterraba (25,0%) e da banana (25,0%).
A pesquisa do DAE/Ufla faz o levantamento mensal de 42 produtos e 187 insumos agropecuários.
Janeiro de 2008 foi o mês em que os preços médios dos insumos agrícolas ficaram em 0,51%, resultado do Índice de Preços Pagos (IPP) por esses insumos. Entre os itens pesquisados, as maiores altas estão ligadas aos setores de rações (6,18%), sementes e mudas (14,25%), inseticidas (3,41%) e vacinas (4,51%). Entre os insumos que tiveram quedas de preços no mês, estão adubos (-4,94%), fungicidas (-6,69%) e manutenção de equipamentos, queda de 6,2%.