UFLA participa de projeto de combate à leishmaniose tegumentar e à hanseníase
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Alunos, professor e representante do poder público no projeto Carreta da Saúde[/caption]
Atendimento e informação. Dois instrumentos importantes para combater e prevenir a leishmaniose tegumentar e a hanseníase foram levados à população lavrense nessa segunda-feira (03/04). A ação uniu esforços da Universidade Federal de Lavras (UFLA) do poder público e do laboratório Novartis. A Carreta da Saúde – veículo itinerante que funciona como unidade móvel – atendeu 81 pessoas de todas as faixas etárias que passaram por triagem e avaliação, segundo balanço da prefeitura.
Pela primeira vez, Lavras sediou esse tipo de trabalho, que teve a organização da administração municipal em parceria com a UFLA por meio do projeto Minuto da Saúde. A Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitário (Praec), o Departamento de Ciências da Saúde (DSA), com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig) e do Laboratório de Biologia Parasitária (Biopar/UFLA), também estiveram envolvidos na ação.
Alunos do terceiro e quarto períodos dos cursos de medicina e de biologia da universidade participaram dos trabalhos. Eles abordaram as pessoas, que se submetiam a uma triagem e eram informadas a respeito das doenças. Alguns casos foram examinados pelo dermatologista Marcos Vilela, professor do DAS.
Segundo o professor, os pacientes atendidos seguiram o protocolo de avaliação clínica, de teste de sensibilidade cutânea, de dermatoscopia e de orientação. Ao todo, sete pessoas foram aconselhadas a procurar nova avaliação.
Vilela considerou positivo o projeto Carreta da Saúde por orientar a população e prevenir doenças de forma gratuita. O professor disse ser importante o contato dos alunos com casos estudos na universidade. “O curso de medicina também é extensão ao oferecer a oportunidade de levar a sociedade aquilo que é visto em sala de aula”, opinou.
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Alunos do curso de medicina orientam a população[/caption]
O aluno do quinto período de medicina Giliard Souza aprovou a iniciativa, sobretudo por praticar o que é transmitido pelos professores e de se aproximar de situações com as quais vai lidar na carreira. Quem tem opinião semelhante ao do estudante é Cristiane Teixeira Gomes, do oitavo período de biologia. “Levar educação e saúde para a população é importante a agrega conhecimento para quem está na universidade”.
O professor Marco Aurélio Ferreira da Silva levou a filha de sete anos para consultar após ficar sabendo do projeto na escola onde ela estuda. A criança apresentou algumas machas na pele e, por prevenção, o pai resolveu seguir orientação médica.
A dona de casa Zélia Borges Ribeiro foi atendida pelo professor Marcos Vilela, que a examinou e a aconselhou a buscar atendimento especializado em razão de algumas manchas na pele. Apesar da recomendação, dona Zélia não apresentou nenhum sintoma de doença, conforme o médico.
Precavida, a dona de casa contou que sempre passa filtro solar no corpo antes sair de casa para se proteger contra a exposição solar. Ela também fez elogios ao projeto e sugeriu que a ação se repita outras vezes na cidade. “Muita gente não têm condições de pagar uma consulta e aqui (Carreta da Saúde) o atendimento foi de graça”.
A Carreta da Saúde é desenvolvida pela empresa Novartis junto com Ministério da Saúde, secretarias estaduais e municipais de saúde, além do Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conass) e o do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).
Texto: Rafael Passos - Jornalista/bolsista - Fapemig
Assista à reportagem da TV Universitária sobre o projeto Carreta da Saúde:
https://youtu.be/GmmTlASoFlA