Equipe responsável: Vera Kalsing, Letícia Ferreira, Aloísio de Lima Júnior, Cristiane Reis, Paula Alvarenga, Helga de Almeida, Flávia Alves, Julia Felicio e Ana Luiza Botan.
Resumo: Dados e pesquisas evidenciam que o rosto da pobreza brasileira possui gênero e cor uma vez que, a maioria das mulheres negras do país ocupam cargos de menor prestígio social, recebem os menores salários quando comparados aos demais sujeitos, trabalham em ocupações precárias e por esse motivo, não ascendem socialmente. Tais dados evidenciam a existência da interseccionalidade existente entre as questões de gênero, raça e classe, contribuindo para que as mulheres negras estejam entre os estratos mais empobrecidos de nossa sociedade. Considerando, especificamente, a Universidade Federal de Lavras (UFLA), o objetivo desta oficina é evidenciar, pela análise de dados quantitativos e qualitativos referentes ao acesso e à permanência de mulheres negras e pobres, no âmbito de cursos superiores da universidade, que a maioria das mulheres negras colaboradoras da pesquisa lidam com privações de diversas ordens, o que as impede de acessar e permanecer nos cursos tidos como mais prestigiosos no âmbito da universidade. Estão, em sua maioria, em cursos menos concorridos ou de menor prestígio, em função de não possuírem uma formação básica capaz de lhes garantir o acesso aos cursos mais valorizados socialmente. Suas permanências são igualmente comprometidas, pois lidam com dificuldades financeiras, além de precisarem conciliar estudos, trabalho remunerado e, em alguns casos, educação dos filhos e afazeres domésticos.
Carga horária: 2 horas
Número de vagas: 30
Entidade(s) proponente(s): Mura - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre mulher e raça - DCH
Horário: 9h
Materiais Necessários para a participação: computador com internet